~ Encontros e Despedidas ~

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segunda-feira, 19 de março de 2018

Mas tem hora


Longe das redes sociais desde sexta, quando no Facebook me envolvi numa ardorosa participação via evento da morte de Marielle Franco, e no fogo acirrado da indignação  combati   um compartilhamento maldoso e irônico ,  que me queimou a alma.
O amigo que compartilhou a notícia indigna ( não foi autora da postagem mas compartilhou e isso caracteriza pensamento igual), foi  a esposa de um sobrinho que aproveitou para lavar uma roupa suja familiar, pasme-se, que não alimentei pois como me ensinou minha mãe: quem tem vergonha não envergonha os outros e Facebook não é lugar de discussões familiares. Políticas e filosóficas,  sim. Campos no qual me ative.

Não houve de minha parte nenhuma iniciativa pessoal de retaliação vaidosa . Claro que não .
Muito passional,  não me contive diante de uma partilha feia . Comentário racista, impiedoso, desumano de um pastor, diante de um momento de comoção e indignacão nacional.

Só lamento que tenha sido ela a minha protagonista em função dos laços familiares e isso pode gerar constrangimentos futuros etc . Mas não me arrependo da crítica ao pastor e evangélicos.
Mas tem hora ou que a gente se omite diante de  indignação  ou se indispõe ao confrotá-la.
Meu filho se assustou  se preocupando  com minha performance e disse que logo eu sempre calma etc me envolvendo em discussões.
Nem eu entendi a princípio. Pois fui muito audaz. E até agora me bate uma sensação confusa. Como se eu tivesse saído da adolescência emocional e espiritual, iniciando uma cruzada .
Não tem como se tentar encarnar Jesus sem possibilidades  dos arranhões.
O ruim e quando a gente é  que arranha. Como envolve familia fica com cunho pessoal.
É logo eu sempre primorosa na gentileza!

Um certo desconforto me acompanha.Nao só por sexta mas pelo que virá e não sei.
Que meu Deus me sabedoria e um espírito manso e humilde como meu Senhor, mas intrépido e justo E não acovardado.
Fala mais ao meu coração Senhor.


Mas  sexta foi sexta.

E  hoje é segunda e já me encontro no trem , indo para a Central, pois tenho uma tentativa de consulta na Santa Casa visto  a agendada da semana passada ter faltado.
Voltando ao Face para buscar uma Semente mais voltada para a poesia que pudesse emoldurar minha postagem,  me deparo  com o Prof. Moraes, marido da minha linda e doce Ruthinha.

Moraes escreve coisas que amo ler.

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