Meu bloguinho querido,
Pois embora desse lado daqui de fora as palavras possam ter tomado outras estradas, aqui dentro carrego (e sem esforço) a incansavelmente doce e sonhadora denise.
Um dia a Prof. Nadja, a quem nunca mais vi desde 2012, acho, me disse que eu eu sou uma pessoa de uma dimensão humana como poucas vistas.
Fiquei emocionada e guardei bem isso.
Porque a gente não ouve elogios assim. Esses são quase sempre direcionados ao nosso eu exterior. As nossas produções.
A sua bela voz, belo rosto, belo corpo, bela roupa, belo dons, belas ações e todas quantas mais existirem nesse vasto cardápio existencial
Dimensão interior, nunca li e ouvi.
Foi a primeira e talvez nunca mais ouça.
Lembro que falando da minha emoção, ela disse: Gostou? Guarda pra vc.
Com um sorriso charmoso que é só dela.
Não fico envaidecida com esse e outros elogios que possa receber, mas quando entro aqui e me releio sim.
Fico pensando de que poço profundo retiro toda essa doçura para viver e transformar em gestos e palavras o que sinto.
Já que aqui fora, e socialmente, a gente vive muito mais rodeada de cinismos, ironias, leviandades, superficialidades, dissimulações e marketing excessivo de si mesmos. E uma profunda vaidade dissimulada.
Ficando quase impossível não ser contamidado por tudo isso.
Ou se afilia a grupos ou vive mais só. E independente.
Optei pela última.
Talves por isso eu goste de ser tão só.
Pois ser par implica em ser parte de uma tribo que nem sempre vc escolheria.
Porque vivendo como vivo eu sou feliz e caminho zen pela estrada.
Tanto que hoje pela manhã quando sai da Pacheco pensei feliz: eu quero namorar (pois já não penso mais em amor como outrora).
Namorar, não apenas para ter companhia mas para dividir minha felicidade.
Quero muito que vc seja feliz, no lugar que vc escolher. Pois acho muito difícil vc ser feliz comigo porque eu não saberia conviver com toda essa bagagem virtual e talvez até real,que vc fez questão de manter e amealhar cada vez mais por todos esses anos.
Sua fama e seu séquito seriam um espinho na minha carne.
Não tem nada a ver com ausência de perdão, mas de minha interioridade.
Se tivesse sido naquela época, quando o meu amor era tão e todo jovial, audacioso e em tudo cria, eu teria aprendido a aprender isso.
Hoje falta-me vontade e muito mais talento para ser aqui fora diferente do que sou dentro.
Talvez porque o amor ficou só e abandonado por muito tempo. Perdeu sua jovialidade e sua madureza cresceu só.
Ele ainda está aqui, mas velho e cansado para aprender qualquer coisa que ache penoso aprender.
E com dor, muita dor, sinto isso.
Quando venho aqui me sinto toda em mim.
Comentários