Na minha varandinha, pós café da manhã.
Desde 15 de agosto em casa. Sem o meu mais rentável trabalho, ao mesmo tempo sem o meu mais angustiante.
A vida tem destas coisas. Nunca há só perdas ou ganhos. Os dois parecem que não sabem viver um sem o outro.
Falar disto, todavia, fica para outro dia, talvez.
Meus dias se compõe de trabalhos domésticos, Pilates e meus estudos.
Estou bem feliz.
Se pudesse, nem voltaria mais a trabalhar até me formar e tentar trabalhar dentro daquilo que tem tirado minhas horas de frente ao Netflix.
Como e bom ficar em casa. Protegida. E vendo a vida passar da janela. Sem os arranhões queno dia a dia em multidão nos proporciona.
Ainda que a vida não seja toda colorida, era menos angustiante de passar pelos dias.
O mundo nunca foi totalmente bom, ou totalmente mau. Mas era suportável.
Já um bom tempo que mesmo não tenho idade para ter vivido em meios a algumas tragédias da história, passei a ter ciência delas por meio do meu X (extwitter).
indicacoes de filmes sobre os holocaustos, inclusive o da Armênia praticado pela Turquia, muito ignorado pela história ou mídias.
Não somente isto. Mas, meu conhecimento sobre outras tragédias no mundo me são repassadas pelos que sigo no X.
O obscurecimento e tão nocivo. Assim, fico muito grata pelo meu mundo interior estar mais preenchido.
Somente assim hoje posso vivenciar todo este absurdo , desumano, injusticavel, terrorismo que assisto, via X, sobre o genocídio dos Palestinos e das agressões sugeridas pelo Judeus ortodoxos, que lá em Israel se opõe a está carnificina.
Confesso, que já me sinto tão desolada que todas as manhãs perdido minhas horas na cama, mesmo acordada. Pois é triste ter que começar o dia com a tristeza da dor dos palestinos.
Alguém poderia me perguntar: e sobre Israel você não se sente assim?
Não, seria minha resposta. E acrescentaria, vá estudar, se informar, pesquisar, para evitar de fazer perguntas tolas.
A ignorância acerca deste assunto me rondava. Tive que estudar, pesquisar, ler, assistir vídeos, para entender todo o sofrimento das palestino.
Como dizia, acordar, levantar, inciar o dia, perdeu um pouco do sabor.
Não quero parecer ingrata ao meu Senhor, mas uma tristeza , e não é a tristeza que já tenha sentido antes pelas frustrações e perdas dos amados.
Uma tristeza que me parece que não vai ter fim, e que sempre permeara meus dias. Pois não vejo e nem tenho esperança de que está injustiça possa ter fim.
Se procurarmos na história, o mundo sempre teve destas injustiças. Mas nada tão escancarado e sem a possibilidade de se mudar o curso da história.
Está história poderia ser mudada, se todas as nações reconhecem o abuso, maldade e irracionalidade do governo de Israel.
Só que o mundo sempre foi e será habitado por gananciosos do poder e que por ele sacrificam a vida humana.
Como dói pensar que enquanto ando com liberdade, tenho cama para dormir, comida para me alimentar, livros para ler e estudar, a cerveja gelada para me fazer companhia e uns sonhos meio que opacos para me visitarem (quando a alma esquece a amargura), meus irmãos palestinos não.
E meus irmãos israeleneses? Não me dizem respeito? Dizem. Mas por enquanto ainda estão confortavelmente vivendo sem a opressão de uma nação dominadora. Só temo pelo futuro deles, já que não sei aonde isto pode avancar.
Hoje, senti vontade de não sair da cama.
A cama me.protege, me aquece, me envolve num.mundo de aconhego, de sono e sonhos. Por vezes maus e outros muito bons. Muito mais bons e quando volto a dormir tento resfata-los.para sonhar de novo.
Amanhã tenho um churrasco de aniversário do meu irmão Luiz. Fará 70 anos. Não posso faltar.
Sábado que vem e o meu niver. Meu filho já preparou confraternização.
Hoje pensei em dissuadi-lo disto, mas desisti. Não posso penitenciar as pessoas pela minha dor. Ou mesmo querer solidariedade.
No meu Instagram tem sangue, dor e desabafos. Só duas fiéis amigas se juntam a causa dos palestinos.
Ontem mesmo , durante meus estudos a noite, compilei fotos e pequenos desabafos para uma nova postagem.
As vezes me sinto invasiva e penso se não estou a penitenciar quem me segue.
Ao mesmo tempo penso que o perfil é meu, e que não gostar de mude de "amigo".
Não consigo atinar a falta de entendimento ou solidariedade do ser humano.
Não e ser a favor do Hamas. E ser a favor dos palestinos. Pois o Hamas e Palestinos dão entidades distantes.
Teria palestinos que se sente afinados com o Hamas? Naturalmente que sim.
Não temos brasileiros que se afinam com o inconcebível do Bolsonaro?
Mas uma nação não pode ser julgada ou compreendida por partes, ou por tendências.
É a história que nos precede.
O dia hoje está nublado como o meu coração. Só uma brisa e por vezes invadida por um ar mais forte, suaviza o calor da.mjnha alma.
Outro dia pensava: os palestinos não possuem vegetação, vivem numa prisão a céu.aberto, sem árvores e sem brisa. Já não tinha muito, mas ainda assim com o pouco que tinha se faziam notáveis.
Agora nada tem. Só escombros para receberem as lágrimas de suas dores💔🥀
A vida segue e preciso seguir ao seu lado. Vivenciado alegrias e dores.
Só que cada vez mais penso e compreendo (embora não saiba as razões) da poeta Emily Dickson ter optado por viver seus últimos 20 anos trancada em seu quarto (e não sei até que ponto isto pode ser compreendido literalmente).
Viver os dias como eles são, não apenas ao que nos diz respeito, mas como cidadãos do mundo, não é simples tarefa.
Se no momento não me resta muita vontade de fazer alguma coisa. Farei como aprendi numa das minhas leituras por esta web em práticas sobre os ~ 8 passos para ter uma vida simples ~ e saudável (eu preciso, pois aqui ainda e meu lugar)
~ pratique fazer nada, com vontade ~ 🌹🙏
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