O dia em que com todas as letras aceitei que minhas postagens no Instagram a respeito das dores do mundo, dos acontecimentos sobre política, saúde e minhas próprias considerações sobre o que me inquietava, não conseguiam despertar nenhum sentimento naqueles que seguiam, desisti de estar lá.
Essa semana voltei com 2 stories já que me encantaram.
Voltei por mim. Não adianta tentar falar com quem não quer te ouvir.
Hoje, sem tanta ênfase no coração, na minha oração pedi como peço sempre pelos que sofrem e que choram e citei os palestinos, como de costume.
Indaguei a Deus como é possível continuar acreditando que há um Deus quando a gente convive com tantas injustiças e sofrimentos sem a menor lógica?
Que o homem sofra pelas consequências de seus atos é muito compreensível.
Que eu sofra pelas minhas mas escolhas também.
Mas quando penso nos palestinos, na população do Congo, do Chade, do Sudão, da Etiópia, do Haiti, como sempre me reporto ao Senhor, como entender a razão desse sofrimento se arrastar sem o menor vislumbre de uma solução, do fim de tantas dores?
Assim, estou aqui.
Fico tão apática diante disso. Uma incredulidade se apossa de mim. Só resisto pois sem fé ainda é mais difícil suportar o que não entendemos, ou não suportamos.
Fica então aqui meu clamor. Por meus semelhantes que choram, que sofrem, e já sem voz e fé para seguir adiante.
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