Foram umas horas de conversas, talvez um pouco mais de duas, bem adoráveis para mim. Renato adora falar e eu também. Inteligente e sensível, as horas ficam curtas para tantos discursos ótimos.
Finalmente se foram.
Não pude evitar, depois da partida, um choro contido e olhos marejados pelo vazio que ficou com esse quartinho vazio.
Fiquei pensando.
Em meio as minhas divagações, compreendi que não e o quarto que ficou vazio. Foi meu coração.
A dor não vem do quarto sem alguém. Vem do coração que sentirá a ausência de minha irmãs e dia diversos ruídos que ela faz no meu coração.
Sim. Ruídos.
Ruídos nas minhas aula de Língua Portuguesa significam coisas que tornam incompreensíveis e impuras, interferem na nossa linguagem, oral e escrita. Significam interferências, falta de clareza. E aqui cabe perfeitamente nesse meu conceito de entendimento para a solidão do meu coração,
Pessoas não vivem em casas ou cômodos mas no nosso coração, provocando diversos tipos de ruído. Bons e ruins. Mas ruídos. Que sinalizam que o coração está ocupado, e de repente quando se percebem desocupados sofrem a solidão da ausência dos ruídos.
Sejam bons ou ruins, todos os ruídos cooperam para o bem daqueles que amam.
Não tem como amar sem causar ou receber ruídos.
Quem não tem ruídos no coração , não ama. Não ama pessoas, não ama nada.
E tudo que amamos provoca ruídos (sentimentos, sensações, percepções). Desde pessoas aos animais
Louvado sejam os ruídos em nossos corações, que dialogam com nossa humanidade.
E agora os diálogos com minha humanidade ficaram empobrecidos com a ausência da Rosemure.
Saudade dos ruídos que Rosemure, e alguns outros, suscitaram em meu coração.😢🥀
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