Depois que iniciei minha graduação a falta de tempo reduziu minhas horas diante da tv ou tablet para assistir filmes e outros. Apenas nas horas das refeições me permitia esse luxo e com isso assistia um filme por completo.
Com o evento do AVC da minha irmã e sua internação por 21 dias e depois a vinda para minha casa, deixei um pouco de lado meus estudos e consequentemente as minhas horas de luxo começaram a me inquietar. Como podia me reserva ao luxo, e negligenciar com os estudos? Comecei a reduzir esses momentos.
Consegui recuperar as horas de estudo e colocar as matérias em dia no grito. Já finalizei e fiz as avaliações de 4 das 5 matérias. Tenho até amanhã para finalizar e realizar a avaliação a quinta e mais terrível , Língua Inglesa.
Muitos detalhes na gramática inglesa com todas as sintaxes, sintagmas , morphemas etc. E de endoidecer.
Ontem consegui iniciar a lição quatro e talvez arrisque a avaliação sem completar as lições. Estudar bem de saúde já e uma tarefa intensa e com COVID, complica.
Entretanto, hoje antes de partir para os estudos resolvi aquecer minha alma e expandir meus horizontes emocionais. Lembrei então, das resenhas do Giancarlo , Revista Bula, e decidi por assistir ~ Dois Papas ~
Um filme de 2:05 minutos com atuações brilhantes do esplendoroso Anthony Hpkins e do não menos talentoso e adorável Jonathan Pryce.
Que filme, meus amigos!
Por conta dos estudos que clamam, parei ainda testando 1:39 minutos. Assisti o suficiente para aquecer a alma, fazer brilhar o olhar e suscitar sorrisos ao lábios cada vez que presenciava os diálogos entre um e outro.
Anotei dois momentos magníficos de prosa entre os personagens. E deixo aqui.
Tenho cobrado de minha fé uma posição mais racional e menos romântica. Não quero ficar ficar presa a chavões religiosos (aqui quero dizer às " promessas de Deus", tão recorrentes aos lábios dos religiosos ou talvez aqueles que considero mais espirituais e sensíveis. Me perdoe se pareço crítica vou cínica demais).
Alimentei minha fé sobre as perspectivas de andar com Cristo, de forma doce e crítica. E em encantei de novo com o chamado de uma fé mais lúcida e arguitiva. E tudo isso ainda arragaida ao meu jeito próprio de adoçar as coisas. (Troquei o romantizar pelo adoçar. Pois já não me soa tão inapropriada em mim).
Vamos lá!
Ratzinger recebe Francisco e caminham pelo lindo Jardim e sentam num banco de cimento.
A conversa já começa repletas de assertividade.
R - Acho que costuma dar o Sacramento para muitos que estão fora da comunhão, comonaos divorciados, por exemplo.
F - Não. Eu acredito que comunhão não é uma recompensa para os virtuosos. É comida para os famintos.
R - Ah, então o que importa são as suas crenças. E não o que Igreja vem ensinando há milhões de anos?
F - Marcos 2:17 - " Vim para convocar os pecadores", como a Igreja ensina há milhares de anos.
R - Mas se não colocarmos uma linha ?
F - Ou construimos muros para separar.
R - Fala isso como se muros fossem ruins? Casas são feitas de muros. Muros fortes!
F - E Jesus construiu? Ele era a face da misericórdia. Maior o pecado, maior o acolhimento. O perdão é o dinamite que derruba os muros.
R- É...(faz aquele gesto com as mãos que podem significar " balela") tem resposta para tudo!
Tenho que andar. Vamos!
Esperto. Muito esperto. (Fala para Francisco enquanto caminha ao seu lado)
F - Nada é estático na natureza, ou no universo, nem mesmo Deus
R - Deus nunca muda!
F - Sim. Ele muda. Ele está evoluindo. Ele se move.
R - " Eu Sou o caminho, a Verdade e a Vida"
Onde encontra-Lo se sempre se move?
F - (Hummm) No percurso.
.....
No percurso, irmãos. Penso que é o mais interessante jeito de conhecer a Deus. Ou talvez nos jardins e na natureza, ou mesmo quando aprendermos a olhar através das janelas da vida, pois Emily Dickinson escreveu que ~ quando olhava através da janela via Deus no seu jardim, na forma de um pássaro cantante que por lá estivesse ~ ...
O que importa é buscar Deus através de uma sensibilidade própria e nossa, que possa redundar em mais solidariedade e ajudar a curar a nossa própria alma. Pois a adorável Emily, que desconheço e talvez não mereça saber as razões, viveu trancadinha em seu quarto por 20 anos solitária e assim morreu. Amaria estudar mais sobre ela.
Talvez seja mais necessário não apenas olhar através delas. Mas transpassa-las e chegar até aos jardins da Vida. Que não estão restritos ao nosso quintal.
Nota: desliguei no filme depois disto. E imediatamente fui pesquisar já sobre o filme. Apareceu um link em que o próprio Papa Francisco, perguntado, responde que não existiu isso.
Mas o filme nos créditos inicias, diz que foi baseado em fatos reais. Ainda vou pesquisar mais. Adoro isso de pesquisar!
Envolvente demais. Depois retorno. Quando minha alma solicitar. Por hora já tenho material para devanear e me encantar. Ainda que eu não tenha certeza da veracidade do que aqui narrado.
O que deve importar mais não é a verdade das coisas apresentadas seja em livros ou filmes, mas o quanto elas podem fazer novas, mais pensantes e humanas as nossas próprias verdada. Com isso colorindo e iluminando nossos percursos!
A gente precisa todo os dias se reencantar. Fica difícil olhar a vida a cada manhã com os olhos cinzas da realidade.
Me deseje bons estudos e boa prova, até amanhã meu prazo final para ficar livre de "dependência " e iniciar meu segundo semestre plena 🥰😍
Atualizado as 16h10 ✓✓
Enquanto almoço volto ao ~ Dois Papas ~
Enquanto assistia Raitzinger tocando, fui surpreendida pela vontade de saber se era apenas uma cena ou atributos do ator.
Descobri que Antony Hoppinks toca piano!!! Sensacional.
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