Sempre me volto para apreciá-los. E uma acalentadora alegria me possui quando faço isso.
Falo aqui da minha biblioteca, toda contida nessa imagem. Na minha mesinha de telefone que a Neuzinha me deu, depois de uma longa convivência, e nessa linda peça de plástico (adoro esse material) vermelho (que agora esqueci o nome).
Aqui estão meus queridos. Que embriagam minha alma. E minha alegria eh saber que todos, os não presenteados, foram frutos das minhas inclinações e intuições. Escolhas da minha sensibilidade alarmante. (Essa minha falta de modéstia quase me consome, ainda mais hj que Renatinha ao me enviar umas imagens adoráveis da Luiza encantadora, respondi com meu carinho através de uma mensagem de agradecimento e recebi de volta: 'dê, vc é um espetaculo' e acho mesmo.)
Não me desviando, digo que da minha pequena e preciosa biblioteca no chão encontram-se me olhando cobiçosamente Cecília Meireles, Clarice Lispector, Solange Ordonez, Marguerite Yourcenar, Jose de Alencar, Machado de Assis, Gabriel Garcia Marquez, meu desvendador Carl Gustav Jung, minha adorável Nise da Silveira, a esfuziante Martha Pires Ferreira, meu mestre junguiano Artur da Távola, Bernardo Carneiro Horta, Eliane Brum, Graciliano Ramos,o inesgotável Fernando Pessoa e outros mais que agora não me recordo o nome e dois dicionários (livro que amo tanto quanto esses).
E pasme-se: tem um Paulo Brabo. Personificado no capitulo inédito "Além da Memória" do seu único e mirabolante ~Em 6 passos o que faria Jesus~ que xeroquei ao presentear à duas amigas com essa publicação.
Uma foi a meiga e doce Prof. Nadja, espírita kardecista, que conheci na ABBR. Tem um programa semanal na Radio Rio de Janeiro e embora hoje perdido o contrato adoraria saber de sua impressão desse livro adorável.
A outra foi Ruthinha, que ainda tendo comprado na mesma
época, só entreguei ano passado quando foi para Paris. Já por 2 vezes perguntei por suas impressões sobre a leitura. Ou esqueceu ou se esquivou de dá-las.
Era um livro tão precioso para mim principalmente porque o conheci depois da saída conturbada e arranhenta da igreja e me trouxe luz e acalanto.
Por isso ao presentear escolhi a dedo a quem entregar.
Como não comprei um exemplar para chamar de meu xeroquei esse capitulo, pois os outros tenho acesso no seu site. Se bem que a leitura num papel impresso tem uma mística que esses acessórios eletrônicos não possuem.
O livro tem um ''feeling' que o mais belo e elaborado dos site e e-books nunca terão.
Hoje, já não o leio como outrora pois ou me desencantei ou ele esta desencantado mesmo, pois tenho achado seus últimos artigos chatos , longo demais , recorrentes e com @ direcionadas. Deixou de escrever para quem o quisesse ler e agora escreve para quem ele quer que o leia, impressionar digamos, os phds de sua play lista. Um grupo seleto. Deixou-se seduzir pela vaidade antes não confessa e maquilada.
De qualquer forma ainda temos a sua Bacia, acessível e ainda encantada até quando foi dada o seu encerramento, já que agora virou vitrine também do seu mais novo passatempo: o narcisístico Instagram , e embora não mais visite a Bacia (mas sei de suas atualizações pelo feedly assinado há séculos atrás) pois quando a gente desencanta com uma pessoa desencanta com todo seu universo que parece ter se esvaído de nós, lá pode-se ainda bem banhar, antes da ressurreição inadequada, os sem teto das suas admirações.
Encerrado esse capítulo.
Nesta exaltação à minha biblioteca de chão esqueci da estonteante Hannah Arendt, que acada linha que avanço de sua leitura parece que escreveu sabendo que iria me conhecer e encantar.
Penso em tirá-la do chão e dar um lugar nobre a ela, mas de que adianta um lugar nobre para exibi-la e longe de minha contemplação amorosa e dos meus dedos acariciantes, aqui assim bem pertinho de mim.
* mais tarde faço as correções que serão demais visto o tamanho do texto, mas é um prazer escrever assim do meu simplório celular)
nota: corrigido e atualizado ás 10h57 min :)
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