E acordei nublada.
O que não significa mal-humorada.
Introspectiva.
E pensei como é difícil a coerência.
Ser coerente.
Ser uma mesma alma todos os dias. Como é árduo esse caminho. E solitário.
Ser coerente.
Ser uma mesma alma todos os dias. Como é árduo esse caminho. E solitário.
Isso me remeteu às pessoas que devotam a vida a servir aos outros. Que tomam isso como razão de suas existências e seguem sem olhar para trás.
Não é nada menor essa opção. Mas tem em si mesmo uma porção. Aquela que não nos deixa um foco em si mesmo e com isso nos exime da árdua responsabilidade de se fazer melhor, o mesmo que mais humano, para nós mesmos.
Nossos desejos, paixões, angústiaare desolações e até as feridas serão melhor acobertados se sobre eles mantivermos a responsabilidade de guiar espiritualmente o outro.
Resistir sozinho a qualquer sedução ou angústia é trabalhoso demais e por vezes infrutífero.
Agora resistir para que sejamos ressonância e com isso resistir tambem, equivale a dizer que não estamos e nem estaremos só.
O que por si só, já e esperançoso.
O que por si só, já e esperançoso.
E a tarefa de cuidar de si mesmo e solitária e por vezes inglória. Não rende afagos, nem ombro para chorar e nem cartões de natal e aniversários e outras felicitações, que hoje foram substituídos pelos messengers / emails /mensagens privadas e contato (o "fale comigo") da vida.
Não saberia dizer onde há glória. Se dedicarmos nossas vidas a fazer as tarefas do outro ou sermos tarefa para nós mesmos.
Sei que acordei nublada e pensando nisso.
Comentários