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De fato

Não sei.
Ou estou muito metida, antipática ou muito intransigente. 

Ou as pessoas estão vivendo tanto numa superficialidade  confortável que só enxergam as coisas quando alguém sinaliza.
Ou então a internet passou a ser também uma extensão do nosso viver de bajulações. Ou mesmo está ficando tão bobinha que a gente precisa de demonstrar intelectualidade admirando os intelectuais.

Não tenho doutorado, não tenho faculdade, não tenho partido e nem uma posição partidária. Mas há  coisas que nunca precisei ler para entender um mínimo que fosse sobre o assunto e me sentir incomodada.

A China nessa escalada ao topo da ecomonia há muito me inquieta e tento resistir bravamente a tudo que possui o seu perfume.
O mercado está tomado  por seus produtos baratos e de qualidade duvidosa como algum tempo foi mostrado na tv  suas bijouterias com componentes danosos a saúde. 
Isso falando por baixo o que ouvi. 

A minha caixinha de emails já há muito tempo recebe vez ou outra notícias falando da perversidade a que são submetidos os trabalhadores chineses. E por conta disso fui tomada de uma antipatia profunda pela China e seus produtos.
Minha loja preferida de departamento está recheado de produtos da China. 
Outro dia fui comprar um presente e sempre atenta ao made in quando vi que era da China desisti.
Preferi comprar, no mesmo valor,  um produto nacional e de menos deslumbre visual do que presentear by China. Embora já o tenho afeito num passado remoto porque eu ainda respirava só minhas paixões.

Há pouco tempo na necessidade de compra de um grill também deixei de lado a marca acostumada pois vi que era  fabricado na China. Levei um produto de marca desconhecida, mas não me rendi.

A China está tão poderosa que a Hering, uma loja requintada e cara, que só vendia camisetas de malhas no passado   e depois abriu lojas diversificando seus  produtos, chegando a adquiri-los,  hoje vendem roupas produzidas na China. Quem diria Hering?!?
Semana passada tomei ciência disso quando ao entrar em uma loja sua no Catete e gostar de um casaco perplexa reconheci na  etiqueta China. Desisti na hora  .

A C&A é outra. Hoje que reparei que meu casaquinho vermelho que adoro e comprado há um ano é da China. Não sei como deixei me render!
Um dia já com as peças íntimas no caixa desisti quando vi China. 
Sou assim destestável!
Fico incomodada com meu excesso de zelo. 

Mas hoje me senti redimida  quando li esse texto na Forja Universal e recomendo porque tudo que está lá de uma outra forma, e sem dados estatísticos, já vem me inquietando anonimamente  há tempos. 

Para finalizar falarei de Capital Natural. Um bem que me consume todas as notícias referentes a ele.  A Água.
E recomendo, porque assisto na Bandnwes, que procure saber mais sobre esse programa Capital Natural, onde me encho de informação sem ter que tirar a bunda do meu sofá.

Não sou de ficar  lendo ambientalista mas por sensibilidade e por saber que só aqui no Brasil lugares estão definhando ecologicamente por seca me consterno. Assim me preocupo com a água que utilizamos.
Quando assisto na  tv reportagens sobre o nordesde de famílias se desintegrando porque as pessoas estão fujindo da aridez de suas penúrias, sofro.

Assim quando utilizo água de forma desregrada isso me consome o coração. Ou mesmo quando a utilizo de uma forma que poderia melhorar.
Assim fui tomando algumas atitudes. O que faço para remediar:

Lavo roupas na máquna e fico recolhendo a água do enxague para limpar casa e lavar varanda. O muro fica repleto de baldes com água.
A limpeza de casa que fazia com cuidado e água sobejando, agora começo a tapear um pouco para gastar menos água.
Minhas áreas que lavava toda semana, aumentei os espaços da lavagem.

Até a descarga que dava a cada uso do vaso sanitário comecei a economizar. Deixo acumular o xixi no vaso e só depois da terceira vez que utilizo a descarga.
Meu xixi não é tão fedorento que tenha que dar descarga toda vez que o uso.
E olha que tenho uma certa mania de limpeza. Mas quanto penso que estou contribuindo com a minha mania de limpeza e higiene excessivas para que meu amanhã e de Outros seja prejudicado, me ânimo nessa minha empreitada solitária e pessoal.

E assistindo a Bandnwes e o Capital Natural fiquei super feliz quando a minha descarga de cordinha, tão cafoninha para um decor, e que já tive a oportunidade de trocar, mas preferi continuar, hoje é mais recomendada para que se econimize água. Os especialista dizem isso. 
Veja que chique, estou na modinha.

E por conta disso, da minha sensibilidade passei a assistir programas que falem mais disso. Ou seja, a minha sensbilidade falou primeiro e depois fui buscar informação.

O nosso grande problema é que buscamos conhecimento, informações demais e isso está atrofiando nossa sensibilidade.
Tão ávidos de sabedoria, "porque não existimos se o mercado não consegue nos enxergar" tentamos nos entulhar de um sabedoria que vai nos cegando o entendimento simples da solidariedade, da cidadania  e precisamos recorrentemente da sensibilidade de outros para enxergar o que podemos ver dia a dia.

Talvez meu problema seja televisão demais que assisto. Aí fico com a cabecinha cheia de idéias tolas.Talvez eu deva ler  um pouco mais. 

Sei que a coisa não é tão simplória assim como meu texto faz crer, mas gestos simplórios carrega em si a poesia que perfuma o dia a dia e como aquele cheirinnho  de cafezinho fresco vai adentrando pela casa vizinha.


Não deixe de ler o texto que indiquei. É muito preciso e bem elaborado e em nada me surpreendeu por quem o encheu de vida pode sempre escrever coisas ainda mais surpreendentes. Me surpreende sim que um texto dessa enormidade de expressão possa ter menos afinidade do  que umas frases soltas.
O texto merecia muito mais retuites do que obteve. 



De fato, eu não entendo as pessoas.











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