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E tudo isso deixo aqui

Pela manhãzinha, lá na minha casinha,  me arrumava  para o trabalho e  pensava em Deus. E pensei umas coisas legais e rabiscá-las aqui.
Coisas como a liberdade que encontrei ao conhecer Jesus. 

Associei esse pensamento às minhas experiências de fato e as filosóficas (que chique isso) e o quanto nenhuma delas me afastaram do Deus da minha fé. E que mesmo depois de Tê-lo discernido exuberantemente na a figura única e original de  Jesus, nada do que tenho vivido minimiza o exato de  Sabê-lo viver em mim.  

Essa vivência era tão importante que quando iniciei meus estudos junguianos tive um medo bárbaro de esmorecer na fé.  De ficar cética,  distante dela. E  confessei isso em alto e bom som tempos depois, quando tive a certeza que continuava a mesma menina na fé. E quero ser sempre menina na fé. Próxima das  tantas dúvidas que me rodeiam. 
Ser gente grande na fé nos deixa muito sem tolerância e compaixão  e disfarçavelmente vaidosos diante dos  que ainda 
estão submersos numa fé  débil, como belamente  descreve  Janete Cardoso  nessa linda Semente que colhi hoje "Cada homem percebe de Deus, o que suporta".

Mas voltando a essa manhãzinha,  peguei o ônibus e encontrei uma senhora conhecida e começamos a conversar. Crente de uma denominação que não gosto mas ainda assim encontro algum mérito, o mérito de aproximar as pessoas de Deus, ainda que disformemente. E  falava tanto no Senhor. E em esperança no Senhor. Ela nem sabe ler, mas fala com tanta  fé.Tem uma vida difícil e fisicamente sofrida por conta das suas pernas arcadas e degeneradas pela artrose. 

Perguntou se eu estava firme com Jesus. E respondi que sim. Aí perguntou outra vez alguma coisa quem a assegurasse de que eu estava firme mesmo com o Senhor. Senti que deveria dizer (sempre sinto isso e isso tem fruto) que não estava na igreja mas que guardei a fé.  Então, cheguei mais pertinho dela, pois estava num banco ao lado e não queria falar alto para não parecer que estava querendo me exibir,  e citei aquela passagem linda de Jeremias e que está aqui num dos meus gadgets e que copio . Não lembrava assim belamente mas citei a minha compreensão do apaixonante Jeremias. 


Jeremias 17:7-8

"Bendito o homem que confia no SENHOR, e cuja confiança é o SENHOR.
Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto."


E me despedi pensando que gostaria de trazê-la para minhas orações. Dona  Carmem é seu nome. E que aproveitaria esse episódio para somar aos outros e tentar falar sobre isso aqui, rodeada pelas  minhas limitações.

Mas ao chegar aqui e depois de ter me deparado com duas situações que me deixam em conflito quanto ao que devo fazer quando pessoas me pedem dinheiro na rua e eu nego, achei que não merecia citar o nome do meu Senhor aqui, porque agravei meus ouvidos diante de um pedido que poderia ser importante.

E  depois de ter visitado o Jardim Regado (e lido apenas uma postagem que me identifiquei muito)  e outros lugares,  é que pensei que não deveria me abster de falar do que sinto, ainda que por vezes me sinta a mais miserável das pessoas. 

E depois disso li outra coisa linda e lembrei de uma outra mais  linda e vou deixar aqui. E cá estou, assim num texto meio confuso talvez mas o único que tenho para  me deixar assim aqui inteira .
Porque sou essa pessoa confusa e boba, mas sempre inteira no que sente, mesmo quando partida.

Não é porque erro ou me sinto desqualificada, em termos de humanidade, conhecimento ou intelectualidade de considerar sobre Deus, e até mesmo por receio desconfortante de  que alguém possa chegar até  aqui e ainda me contradizer e lançar sobre o meu rosto que não discute com quem não respeita as concordâncias verbais, gramaticais etc e logo eu que erro tanto  (como um dia li tristemente num twitter de terceiro {e ainda bem que no foi do meu  twiteiro favorito}   e achando perverso esse comentário ) que vou reprimir   aqui a esperança que ainda cabe em mim.

Porque li um dia, em algum lugar, de uma forma simples, sem alarido e sem grande intelectualidade ou mesmo asseveradas pelos PHDs que nos move (e comove) que "o homem que caminha com Deus não está só".

E se só não estou, se há um algum outro  e adoravelmente a minha Divindade - ao meu lado, tenho muito o que contar sobre esse relacionamento. E lembro que um dia pensei, me cobrei, tipo assim: "Deus, não escrevo diariamente de Ti no bloguinho, pouco falo no teu nome, não transcrevo versículos bíblicos e nem músicas de louvor religioso e nem visto de nenhuma certeza para falar de ti.  Como posso dizer que te amo ou mesmo que tenho fé em ti? E meu coração me respondeu que quando falo da vida, do amor, da beleza, do homem em sim e principalmente de mim; quando as letras e as formas aqui retratam  a beleza de uma florzinha, o sorriso do Pedro, o  verde que me rodeia, o mar, a minha deliciosa culinária, as minhas guloseimas de fato  e as literárias que não posso viver sem, dos meus encontros e desencontros, do meu amor com A maiúsculo  e de tanta outras coisas tão maravilhosamente comum no meu dia a dia,  tais como a ABBR, o meu trabalho, as minhas viagens desconfortantes de trem, das minhas 2 casas,  das minhas picuinhas; estou retratando a Vida e todo o seu precioso e para sempre inabordável Mistério.

Meu Senhor, tenho andado assim toda esmorecida em mim mesma, com muita saudade do que nunca tive e  assim sendo a imensidão do  vazio do que sempre transbordou fora de mim, e sentindo também falta de alguma coisa que não sei definir e muito tocada desde que vi Sheilinha, vindo dos seus anos lá no Sudão, parecendo uma sudanesa nas suas vestes ardorosas da fé. E aquele seu abraço quente e amoroso me comovendo  e trazendo lágrimas aos olhos por dele recordar. E também desde que vi aquela irmãzinha assembleana lá no dois ultimos  cultos do trem, do mesmo jeitinho e com o mesmo ardor e talvez maior, de quando a conheci em 1999 naquele  mesmo lugar. 

E tudo isso deixo aqui. Nesse meu altar virtual que tenta retratar um pouco do que vai no   altar edificado  para Ti no meu coração.

E  mesmo nos dias em que  eu não souber para onde ir e nem o que o que devo fazer (como hoje sinto e porque muitas das vezes me sinto assim), me ajude a exalar sempre o seu doce perfume,  meu Senhor. 

E depois de ouvir um número de canções que pudesse espelhar meu coração e sua fé, encontrei essa única que adoçou meu coração.






Não sei porque mas hoje estou triste, não uma tristeza ruim. Só uma tristeza de vazio. 

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