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Nem sempre

Hoje não posso ficar muito tempo aqui.
Minha semana comercial termina hoje. E inegável é o fato de que gosto mesmo é de ficar conectada aqui. Em casa, nem tanto.

Deixo então, essa imagem tão fofa. Sua caixinha de correios é tão charmosa assim? A minha não é. Por isso quando cheguei ontem lá e reparei nessa novidade, que talvez já estivesse  há muito tempo assim, retratei.




Uma outra alegria, foi ter ganhado esse livro de Martha que foi no seu lançamento e  pediu à Autora,  sua amiga,  uma dedicatória em meu nome.


Imagine, o quanto amei! Algo tão personalizado! Fui lendo o livro no caminho de volta e cheguei em casa quase na metade da leitura e hoje pela manhã, depois da ABBR, vim lendo e cheguei aqui já no penúltimo capítulo.
Valeu Marthinha querida!!
  
"Qualquer chão leva ao céu",  de Cristina da Costa Pereira, conta a história do menino e do cigano, narrado numa linguagem deliciosa e atraente. Embora sendo um  livro de ficção,  retrata com muita propriedade - fundamentado em 25 anos de estudos da cultura cigana pela autora -  o universo desse povo tão apaixonado e fiel aos seus princípios e tradições (sei agora pela leitura) e que tanto preconceito sofre pelo  mundo ocidentalizado. Como o próprio esboço da  autora  revela: "Qualquer lugar leva ao chão: a história do menino e do cigano revela a possibilidade de convívio pacífico entre povos diferentes".
Lindo né? 
Tem uma citação logo no início que amei e vou procurar para trazer sem ter que usar o texto do livro, por falta de autorização que não me foi dada.

Do livro, ainda posso dizer que tem passagens que adoraria deixar transcritas aqui (ainda vou pedir autorização). Tem uma bela capa e aprensentação gráfica. Uma linda ilustração que adorna todos os 31 capítulos. A grafia (fonte)  é elegante e charmosa e de um tamanho perfeito para leitura com folgas entre as linhas, não cansando absolutamente as vistas e nem exigindo do leitor uma atenção redobrada. Os capítulos são bem divididos e criando sempre um convite para que o próximo chegue logo. E nem falei na diagramadura (acho que o nome é esse) do papel é aquela boa de se manusear, incorpada e num lindo tom. Tipo papel couché ou algo qu enão sei o nome mas perto disso. (Nossa como estou metida! Mas gente, já trabalhei em molduraria chique, convivendo com gravuras e obras de arte, então sei reconhecer qualidade.)

A diversidade cultural sempre me atraiu (Índia) e os ciganos, pela extravagância e exuberância de cores e ornamentos principalmente,  mas nunca cheguei nem um pouco perto do universo cigano tão apenas por medo de todas histórias escabrosas que já ouvi deles. E um dia, aqui na cidadehá alguns anos atrás, vivi uma experiência de repúdio brusco e silencioso quando foi abordada por umas ciganas, o que me envergonhou depois pois fugi delas rispída e bruscamente quando tentaram me tocar. Nunca mais esqueci isso. Pois nessa época já 'conhecia'  (mas ainda não o amava para compreender com o coração suas palavras) o Jesus das Escrituras, que nos ensina a amar o próximo como a nós mesmo. Coisa bem complicada, mas que hoje já me vejo com uma real sinceridade de trilhar esse caminho.

Depois desse episódio, cheguei algumas vezes a ser abordada por elas  e aprendi a recusar já com um mínimo de generosidade. Mas ainda afastada.

E essa leitura de hoje me redimiu e ainda  me faz lembrar que no mês passado, 30 de novembro, participei do Chá Beneficiente das Casas das Palmeiras no Iate Clube do Rio de Janeiro, objetivando arrecadar  fundos para as despesas de final de ano  e  manutenção de seu belíssimo trabalho de filantropia (sem qualquer ajuda governamenta). Assim  tive um contato mais de perto com a cultura cigana, suas vestes e uma sinopse  por Márcia Gaia de como surgiu  o povo cigano e tomei ciência de alguns fatos desconhecidos.

O Chá transcorreu sob os acordes  do violão e violino, das cantigas  ciganas e da deslumbrante apresentação  - com  belíssimos figurinos - de Márcia Gaia e sua Academia de Danças Ancestrais, com várias exibições  de danças; como a cigana, indiana, espanhola e outras mais. 

E participei disso tudo devido a generosidade de uma querida do grupo de estudos que me presentou com um convite (minha grana não daria para comprar).
Foi uma tarde única,  de muita cor e alegria  além do delicioso chá e degustação  e fiz muitas imagens, que uma outra hora deixo aqui.

Agora, unindo o livro presenteado com o Chá no Iate Clube e a minha breve experiência com os Ciganos no passado, fico pensando que a vida da gente se assemelha  a uma bela e elaborada sinfonia,  onde tudo se encaixa e  tem uma explicação  e razão de ser, ainda que diante de nós seja tudo questionável e por vezes inalcansável a compreensão. 

A vida parece uma bela e engendrada confecção. Onde tudo vai se ajustando, nas suas próprias estações.

No mais, vou seguindo e desejando não ficar triste no dia do Natal, pois até hoje ainda não usei minha blusinha vermelha. Mas esse ano vou fazê-lo pois nem sempre quem espera alcança.


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