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O correr da vida embrulha tudo

Agora tenho que ir.
Tenho algumas coisas para fazer e ainda vou precisar sair mais cedo. 
Estou super elétrica hoje. Adoro quando fico assim. E logo hoje que teria tanto para contar e postar, não posso.
Aproveito para dizer que finalmente fui no Otorrino na segunda-feira e sai de lá arrazada, com uma receitinha na mão e a sugestão de evitar tudo que leva cafeínas. Logo o café que adoro, chás e etc.
Fui  chorando pela rua. Entrei numa loja chorando pois precisava comprar uns cartuchos HP e estava tão carente que pensei: a vendeora vai perguntar porque estou chorando e não sei o que vou responder, mas só o pensamento de que alguém se importaria com minhas lágrimas adoçou meu coração.
 Passei pela primeira vendedora, e nada. Nem me olhou com mais carinho.
Passei pelo caixa para pagamento e mais uma vez nada, essa nem me olhou nos olhos.
Sai de lá pensando que a estamos tão sem coração. Nossa, alguém chora perto de mim e não sou capaz de nem perguntar uma coisinha qualquer??

Meus Deus!

Aí entrei na C&A da Ouvidor que está lindíssima em sua loja reformulada, e experimentei sandálias e não levei nada, mas a tristeza passou.

Agora o motivo da tristeza: não dá para contar exatamente com todas as letras, mas posso ser sucinta e dizer que terei que fazer 3 tipos de exames e todos caríssimos. E num tempo hábil, de preferência antes do dia 22 de dezembro quando a Santa Casa encerra   suas consultas ambulatoriais do ano.
São preocupações materiais, eu sei, mas que atormentam de início.
Fui pesquisar hoje sobre os exames e tem um que se chama VENG, o mais caro e parece que aterrador.

Pensei que minha rotina de tantos médicos, cirugias e exames e outros procedimentos nesse ano de 2011 tivessem terminado mas ainda me vejo vivendo um ano de muita dificuldade, e ainda tenho nesse dezembro a ultima revisão da Lúpus de 2011.

Tudo bem, a vida é assim mesmo e o lindo Poeta nos ensina que

O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem



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