Porém onde se achará a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência?
O homem não conhece o seu valor, e nem ela se acha na terra dos viventes.
Nem se pode comprar por ouro fino de Ofir, nem pelo precioso ônix, nem pela safira.
Com ela não se pode comparar o ouro nem o cristal; nem se trocará por jóia de ouro fino.
Não se lhe igualará o topázio da Etiópia, nem se pode avaliar por ouro puro.
Donde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência?
Pois está encoberta aos olhos de todo o vivente, e oculta às aves do céu.
Deus entende o seu caminho, e ele sabe o seu lugar.
Porque ele vê as extremidades da terra; e vê tudo o que há debaixo dos céus.
E disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência."
Livro de Jóó 28:12-13, 16-17,20-21, 23-24,28
Foi com esse folheto de forma simples, elegante e educadamente que um um homem de meia idade (ou mais) bem apessoado, de terno, voz suave desejando um bom dia, levantou-se do banco que havia sentado lá no finalzinho do ônibus que vinha da Barra da Tijuca , foi até o ínício (me intrigando) e voltou distribuindo-o aos passageiros.
Recebi e li na hora. A passageirra ao lado também. Guardei e silenciosamente me alegrei por ver que ainda existem pessoas que procedem de forma simples, dignificando a vocação para a qual foram chamados.
Quando desci no Leblon para pegar outro ônibus que me levaria até a ABBR, vi um passageiro segurando o folhetinho junto ao jornal.
Falem o que falarem, mas gosto desse modelo tradicional de se anunciar as Boas Novas (nem vou dizer aqui de "evangelização'). Foi assim nesse modelo tradicional, numa pregação no trem por assembleanos tradicionalistas que conheci a Palavra e o Jesus que tocou meu coração como nunca dantes.
E foi bom ver que mesmo os tempos mudando e as pessoas também, alguns pequeninos ainda permanecem fiéis ao seu coração, sem se importarem, ou envergonharem, de serem tachados de arcaicos, tradicionalistas ou coisa pior.
Foi essa Igreja que vi também visitando os doentes do Miguel Couto quando da minha internação. E que os irmãos católicos também visitam. E por isso, muitos sentem menos a dor do momento e alguns o abandono a qual foram relegados
Fiquei emocionada e agora penso e lembro do tempo que fazia coisas assim parecidas, e de coração.
Será que algum dia vou voltar a fazer?
(detalhe crucial : no verso folheto, como usualmente, não há nenhum nome de igreja evangélica carimbada. Achei o máximo isso.)
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